férias :)

sempre alguma coisa melhor para acontecer, não sei quando mas para porque não esperar? Mente irónica que andas as voltas num circuito que já conheces bem.. Pista de altos e baixos que já percorreste vezes sem conta, vícios urbanos e voltam e desaparecem com a mesma rapidez que o dia flui por de trás de sonhos perdidos levados pela força da corrente de águas ora frias como gelo ora quentes como o sol… o por é lindo mas o nascer é muito mais vigoroso, é como de desflorar de uma flor que espera estações atrás de estações para florir… circulo vicioso que nunca tem fim e começa sempre no mesmo ponto… barco em alto mar nunca está seguro, nunca está certo nem errado, balança sobre as ondas nunca iguais nunca com a mesma força, nunca com a mesma cor mas sempre presentes... a procura é sempre a mesma mas os métodos vão-se aperfeiçoando… pesca por prazer deixa de ser intuitiva e passa a ser programada perdendo esplendor, brilho, fascínio… olhar obscuro passa a ter luz tornando-se tangível, perde glamour… passarinho que cantas todos os dias à minha janela dando-me certeza de que mais um dia irá nascer como que um sino que toca para anunciar mais uma hora… o frio entra por entre os buracos que deixamos abertos, é bom sentir a brisa a percorrer o corpo deixado ao descoberto, arrepios vigorosos que tanto desejo… toque radiante como a luz do sol ao nascer… crepúsculo deslumbrante que anseio sentir, auge ansioso por me atingir, calor que venero e deixo desvanecer-se por entre palavras básicas, jogos sem regras… sons sem notas, guitarra sem cordas, esperança desvanecida por entre olhares penetrantes que guiam alma sem corpo… retiro mascaras do baú, ainda sinto o mesmo cheiro como da primeira vez que te criei, fecho os olhos e revejo tudo o que construi e destrui ao usar-te… será que ainda me serves? Será que realmente mudei ou simplesmente és outra criação minha. Agilidade perversa que nada deixas expressar, criatividade afogada em palavras de ordem madrasta… cólera astuta que me prendeste a alma inocente e a elevas para uma dimensão sem saída… labirinto perspicaz onde crio um pensamento imoral sem encontrar a direcção correcta… dados viciados sem números, jogo sem tabela… portas fechadas sem chave para abri… um dia vou-te descobrir no fundo do mar como um tesouro perdido que anseia ser descoberto, vou abrir e tu vais entrar em mim…

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